sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Narração dos fatos do deslocamento: Santa Cruz Motofest 2011 e outros detalhes

Para todos os interessados e para os que extranharam o tituo desse texto, motociclistas e amantes de veículos de duas rodas, meus amigos;

A explicação é simples. Como colaborador de um blog pertencente a um motoclube, eu me atrevo a mandar textos para eles publicarem, pela facilidade que tenho para escrever. Mas também faço pesquisas em outros sites dos quais republico as materias que achar interessantes e pertinentes ao assunto do blog.

Acontece que, outro dia fazendo minhas pesquisas encontrei a seguinte declaração: “...não queremos saber se sua moto quebrou, (...) estamos cançados de relatórios de viajem...”. Fico pensando: então, sua moto não quebra? Certo, você é um heroi. Mas por que as pessoas que passaram por uma experiência de ter a moto rebocada não deveriam contar?

Que fique bem claro que eu não o estou criticando, apenas, e para parafrasear Voltaire grande pensador iluminista, “Não concordo com nada do que você me disse, mas defendo até a morte o direito de você dizê-lo”.

Só para não deixar de fazer o que realmente me propus, um relatorio de viagem do evento considerado o melhor de 2010, então, vamos por partes:

1- A cidade é linda, e as pessoas são cordiais, ao menos as pessoas que eu encontrei e as quais me dirigi. Sou pernambucano e acho-nos pouco cordiais. Os potiguares, ao menos nos dois dias em que estive lá, demonstraram ser pessoas mais amáveis, ofereceram-se para me ajudar, me mostraram o caminho, puxaram conversa, ofereceram a cadeira... A cadeira foi um momento especial que eu deveria relatar: imaginem vocês que o mercadinho em frente ao estadio de futebol Iberezão, onde ficou um dos camping, tinha duas cadeiras de balanço, dessas comuns, e que eu fiquei uns minutos esperando os meus amigos virem me buscar para almoçarmos, e ai o dono do mercadinho me oferece “sente-se em porcina” trazendo uma cadeira de balanço para que eu sentasse. Passei meia hora sorrindo...

2- Para visitarmos a Santa Rita de Cassia, peguei um moto taxista, minha moto estava quebrada e os outros haviam trazido as esposas e não poderiam me levar. Contratei um rapaz, contei para ele onde queria ir e que ia uma turma atraz o seguindo. No começo ele perguntou se eu queria ir pilotando porque eu falei para ele que estava com a moto parada. E quando chegamos lá ele disse “podem deixar os capacetes ai sobre as motos, aqui ninguém leva, não temos ladrões...”. Perguntado o porquê dessa afirmação ele me disse “eles (os ladrões) aqui não duram muito...”. Seria cômico se não fosse trágico, e eu tive que conter a risada.

3- Na hora do almoço o restaurante já estava fechando e recolhendo a comida, pois já passava das quatorze horas. Mas os funcionarios abriram para nos atender e trouxeram a comida de volta. Deliciosa...

4- O show programado pelo evento é uma observação que não devo deixar de fazer por ser para mim a mais importante. A primeira banda, On The Rocks, pega um a um os adesivos de motoclubes e lêm: “moto clube (...), sejam bem vindos e tal”. Na hora que pega um dado pelo meu amigo, ele solta: “KCLA – esses caras andam pra caralho!”, gritamos durante uns cinco minutos. Na manhã seguinte quase não consigo falar...

5- No outro dia, o domingo, o tradicional café da manhã conta com um caldo de carne, desses que a mãe da gente faz quando estamos doentes. Ainda não tinha visto esse tipo de comida ser servido no café da manhã, mas provei e estava delicioso.

6- Passadas as primeiras horas da manhã, estou a procura de uma sombra para aguardar o meu “reboque”, um amigo que perdeu o domingo para vir me buscar. Taxistas identificam que não sou de lá, capacete na mão, sacola, bolsa, colete. Começam a me oferecer carona. Um deles, mais divertido puxa assunto e eu conto que sou de Olinda, e estou esperando um reboque, ai ele sai com essa: “vamos eu te levo até lá, e só eu botar uma carrocinha no meu carro...”. Tive que sorrir. Agradeci mas disse que meu socorro já estava chegando. Ele entendeu e foi embora, depois de fazer um monte de piadas sobre o bar em que estavamos.

Então eu, sem a menor pretensão de contradizer quem quer que seja, acho que os relatórios de viagem são bem vindos sim, pois cada um observa por si, e só você pode dizer o que você viu ao frequentar o nosso meio.

Feito para contar uma história em prosa e colaborar com o Kansas Clube Leões do Asfalto – Facção Recife.

2 comentários:

Anônimo disse...

I have been for here looking your blog.....kkkkkk bicho feio Ninja

Jotagomes disse...

Valeu amigo.

 Eu ainda me lembro...   Não sou escritor e acho que isso não se diz. Não que alguém não possa estudar para ser escritor, porém se você ...