quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O que deu errado com a Lei Seca?



Há algum tempo venho querendo escrever sobre a Lei Seca, que completou três anos de vigência em 20 de junho passado. As estatísticas mostram a completa ineficiência da lei. Em 2008, ano de sua implementação, tivemos no Brasil 38.273 mortes no trânsito (de acordo com o Ministério da Saúde). Em 2010, pulou para 40.610. Para este ano, aponta-se um crescimento próximo a 10%. A lei não representou alteração no ritmo dos acidentes fatais no trânsito brasileiro, que teve um incremento de 40% em uma década. O que, então, deu errado com a Lei Seca?

Primeiro, é preciso dizer que todo país civilizado do mundo reprime o consumo de álcool (e outras drogas) associado com a direção de um veículo. O problema do Brasil é que costumamos importar apenas os aspectos aparentes da modernidade. Somos um povo fascinado pelo aço escovado, pelos arranha-céus de vidro e mármore, pelas vinhetas eletrônicas de Hans Donner nas aberturas de novela… Mas sempre adiamos as necessidades mais profundas e difíceis de realizar.

É o caso em questão.

A lei brasileira é rigorosíssima. Se o bafômetro indicar 0,1 miligrama de álcool por litro de ar expelido (mg/l) dos pulmões, o motorista recebe multa de R$ 957,70 e e não poderá dirigir por um ano. Se o nível ficar acima de 0,3 mg/l, acrescenta-se punição criminal, com detenção de seis meses a três anos. Nos vizinhos Argentina, Venezuela e Uruguai, o limite legal de concentração de álcool no sangue varia de 5 decigramas por litro a 8 dg/l. Na Europa, países como Alemanha, França, Espanha e Itália têm limites de 5 dg por litro.

A lei brasileira, porém, atua apenas na superficialidade do problema. Na Europa, onde os acidentes fatais caem em média 5% ao ano, a segurança no trânsito é ancorada nos pilares educação, engenharia de carros e vias públicas, fiscalização, prevenção e punição. Aqui só conhecemos o último tópico. As campanhas educativas são pontuais (uma vez por ano, temos a Semana do Trânsito), a infraestrutura (qualidade das vias e transporte público) é ridícula e a prevenção é inexistente.

Há outro fator que não está dito no parágrafo acima mas não é menos relevante: a violência. Nos países europeus, pode-se sair à noite e, mesmo quando o transporte público (excelente, diga-se) encerra, as pessoas têm a opção de ir andando para casa a distância que for sem o medo de serem vítimas de qualquer crime. Podemos fazer o mesmo no Brasil? Aqui sequer temos táxis em oferta suficiente na saída dos grandes eventos, como bem mostrou a reportagem do Jornal do Commercio deste domingo.

Um bom exemplo foi dado pela prefeitura de Porto Alegre, que lançou semana passada o ‘Balada Segura’. Trata-se de uma linha de ônibus circular, com intervalo de 25 minutos, que transita pelos principais bairros da cidade das 22h às 4h40, quando as linhas regulares voltam a funcionar. (alguém acha que a prefeitura do Recife tem competência para fazer algo parecido???)

O curioso dessa nossa opção pela precariedade estrutural é que ela penaliza tão somente o cidadão de bem. Justamente quem já incorporou o hábito de não dirigir e beber, que não anda em alta velocidade, que não pode arcar com os custos do táxi várias vezes por semana e acabou por restringir seu convívio social.

Aqueles que fazem do carro instrumento de sedução e fetiche continuam por aí… bebendo, caindo, levantando, dirigindo, atropelando, matando e pagando fiança. De resto, nada que um advogado bem relacionado não resolva.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Designer de motos - entenda a profissão

          Ao modo tradicional, um designer de motos atua em grandes montadoras, criando novos modelos com o perfil das marcas. No entanto, há profissionais que preferem focar em cada cliente, deixando o veículo com a sua cara. Esses designers ou customizadores criam modelos únicos, e podem desde fazer mudanças simples, como uma pintura, até desenvolver novas máquinas com peças variadas a partir do chassis. O desenho da nova motocicleta é encaminhado para uma oficina, onde são feitas as modificações. No final, além de cheia de estilo, a máquina deve estar segura para se enquadrar na legislação de trânsito. As mudanças também precisam ser comunicadas a um centro de registro e licenciamento veicular, para evitar multas.

  Como ser um designer de motos

          Ainda não há um curso superior específico no Brasil para quem deseja ser um designer de motos. Esse profissional precisa adquirir conhecimentos sobre diversas áreas. Cursos de design e arte são desejáveis para que se tenha uma bagagem estética de acordo com seu estilo específico. Alguns customizadores chegam até mesmo a pesquisar desenhos de tatuagens old school, por exemplo, para realizarem pinturas personalizadas nos veículos. Também é fundamental conhecer a estética e as possibilidades dos diferentes tipos de motos, como chopper, esportiva e custom. No entanto, uma aparência exclusiva não vale nada se o veículo não ficar seguro e funcional. O futuro designer de motos deve fazer cursos de mecânica e manutenção antes de criar seus primeiros projetos.

 Conteúdo ClubALFA em http://dovemencare48h.clubalfa.abril.com.br/designer-de-motos

domingo, 11 de dezembro de 2011

Como medir o Trail de sua moto

Utilize uma fita métrica. Se não possuir, um pedaço de barbante servirá. Erga a moto em posição vertical. Inicie segurando a fita métrica diretamente do eixo dianteiro até o chão. Marque esse ponto no chão, depois ponha a fita paralelamente ao eixo do cabeçote seguindo o ângulo do cabeçote diretamente até o chão. Ponha uma marca ali também. Agora, tudo que você precisa fazer é medir a distância entre as duas marcas e você terá o alcance do seu Trail. Essa distância deve estar entre 50 e 100 mm (2 e 4 “). Obs: Se sua moto é equipada com suspensão traseira, peça a alguém para sentar-se no selim
Trail demais Se o Trail é maior que 100 mm a moto fica vagarosa em alta velocidade, parecendo quase parar. Você terá problemas com o equilíbrio em baixa velocidade ou em curvas sinuosas. Isso fará com que a moto pareça geralmente sem força e desajeitada.
Trail de menos Com muito pouco ou em casos extremos, Trail negativo (o eixo de direção marca ATRÁS da marca do eixo dianteiro) a moto desenvolverá com uma facilidade incrível em baixa velocidade, mas em alta velocidade estará completamente em desiquilíbrio, oscilando e fazendo com que o piloto bata. Isso é extremamente perigoso
Trail Normal Entre 50 e 100 mm a moto desenvolverá facilmente tanto em alta quanto em baixa-velocidade, fazendo curvas suavemente sem que sua moto perca o equilíbrio ou a força. Se você possui um pneu traseiro bem largo então deverá manter o Trail em aproximadamente 100 mm. Esse Trail ligeiramente grande também é prático para viagens longas. No Garfo Tolle, simplesmente remova um dos Calços antes de uma viagem longa. Isso fará com que o Trail seja aumentado e fará com que sua moto fique um pouco mais estabilizada e com a direção mais lenta. Mudanças no Centro de Gravidade: Para utilizar totalmente o seu Garfo, você deverá também reajustar o Garfo quando o centro de gravidade de sua moto mudar, como quando você carrega muita carga ou uma pessoa ” mais pesada”. Se o centro de gravidade for baixo demais você terá uma boa habilidade para fazer manobras em curvas, mas perderá em estabilidade quando estiver em linha reta. Se o o centro de gravidade for alto demais, será o contrário. Sempre reajuste a Árvore do Comando dentro dos limites razoáveis de Trail enquanto suas condições de direção forem modificando. Dessa maneira você sempre poderá utilizar os recursos de direção de sua moto em todos os momentos! Fonte: http://www.motoesporte.com.br/site/dicas/como-medir-o-trail-de-sua-moto

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Como se conta uma história?

Caros amigos, companheiros de jornada, usuários de veículos de duas rodas, gente diversa e versada em discutir sobre como desfrutar da motocicleta, das viagens e dos relacionamentos em grupo, estejamos bem.
Nesse tempo todo que escrevo para a internet, ainda não tinha absorvido missão tão importante quanto contar a história do nascimento de um grupo. Como pertencente a ele tenho uma visão, como estudante de sociologia tenho outras, no plural mesmo. Dai é que começam as complicações. Falando apenas como cientista a conversa ficaria muito chata. Como componente deste mesmo grupo, a emoção tornaria o texto muito visceral. E por isso, vou tentar misturar os dois seres que há em mim, e talvez com os recursos de um e de outro eu consiga me aproximar do que aconteceu de fato. Éramos uma facção, e quando digo “éramos” estou me inserindo no discurso propositalmente, porque a história de certo modo também é minha ou, ao menos, faz parte da minha vida agora. Pensava eu que, para me integrar eu tinha que modificar meu modo de vida e virar motociclista. Mas o que é ser motociclista e quando você se torna um? Se você não sabe a resposta é muito provável que não seja um. Mas eu li muitos textos diferentes sobre moto clubes e não conseguia encaixá-los em nenhum: nem mesmo na literatura francesa de onde tiro a raiz acadêmica para meu futuro e tão sonhado artigo. E como os moto clubes têm origem diversa, gangues, amigos de infância, ciclistas, militares e ex-militares resta-me um problema: qual exatamente é a origem dos moto clubes brasileiros e mais exatamente, em que momento e de que forma nasce o Brokk MC? Sobre os moto clubes brasileiros, acredito que a literatura jornalística ainda vai me dar a resposta. Só preciso encontrar quem foi o primeiro a escrever sobre esse grupo social. Com relação ao grupo ao qual pertenço, esse sim, eu vi o parto. Afirmo do alto do meu posto de próspero-colaborador: aqueles homens iriam se encontrar nessa vida de qualquer maneira, por que cada emoção ao longo desse ano que os acompanho foi compartilhada e a vida não ia deixar que esse encontro não acontecesse. Frase que você vai ouvir assim como eu ouvi ao encontrá-los a primeira vez, caso pergunte como entrar no grupo: “você assiste as reuniões, conhece os outros amigos-irmãos e tenha certeza que se você não se adequar não vai querer ficar conosco”. Simples assim. Essa situação me foi diversas vezes mostrada, mas vou me ater apenas a gênese. Embora o brasão seja o símbolo de pertencimento dos componentes do grupo, a mudança de brasão não representou em nenhum momento uma crise de identidade, apenas tinha chegado a hora certa de fazer uso da lealdade e confiança intrínsecas a nosso grupo. Não identificávamos em nós mesmos a unidade e maturidade do grupo, pensamos e agimos em grupo, e sabemos que fazemos bem um ao outro. O Brokk nasce quando a dor de um se torna a dor do grupo, antes mesmo de qualquer símbolo, antes da criação de uma bandeira, antes da boca dizer o que o resto do corpo já exibia. A criação do brasão de qualquer moto clube é cercada de simbologia, e com o Brokk não seria diferente. Mas o fato é que o moto clube, a irmandade de fato, já estava formada antes da criação do símbolo que irá identificá-los durante toda a existência do grupo. Então, não foram algumas pessoas com boas energias que se reuniram e decidiram se representar através de uma entidade, mas uma entidade que surgiu do encontro se algumas pessoas e que foi se moldando, livre de qualquer representação, mas ainda assim foi escolhido um símbolo para apresentá-los e identificá-los. A única explicação que posso dar é que: há uma certeza do que cada um do grupo quer realizar, em grupo ou sozinho. Isso é maturidade. E também que não há um momento exato onde o moto clube surgiu, apenas as pessoas foram se encontrando e se combinando e demonstrando que a amizade estava mas profunda a cada dia. Que o deus Odin, nos guie nessa jornada de coesão e demonstração de amizade.
Joel Gomes – acadêmico das ciências sociais, motociclista, colaborador e próspero do Brokk MC (jotagomes@gmail.com)

domingo, 20 de novembro de 2011

MODIFICAÇÕES PROIBIDAS PELO CONTRAN EM MOTOS

O crescimento do mercado de Duas Rodas no Brasil é um fato. Com tantas motos nas ruas, os motociclistas customizam suas máquinas para que se diferenciem das demais, porém, saber exatamente o que modificar requer pesquisa nas leis do Contran (Conselho Nacional de Trânsito). Muitas vezes a simples instalação de um acessório como um escapamento esportivo, pode deixar sua moto fora das normas. As normas para essas modificações são regidas pela resolução nº 292 do Contran. Inclusive, recentemente houve algumas inclusões nessa resolução. Abaixo algumas modificações que são proibidas em motos: • Utilizar rodas/pneus que ultrapassem os limites externos dos pára-lamas do veículo; • Aumento ou diminuição do diâmetro externo do conjunto pneu/roda; • Substituir o chassi ou monobloco de veículo por outro chassi ou monobloco, nos casos de modificação, furto/roubo ou sinistro de veículos, com exceção de sinistros em motocicletas e assemelhados; • A instalação de fonte luminosa de descarga de gás, excetuada a substituição em veículo originalmente dotado deste dispositivo. Para modificações extremas o proprietário terá mais trabalho. São 3 passos para conseguir rodar com a moto totalmente modificada e legalizada: 1) Comparecer ao Detran (Departamento Estadual de Trânsito) local e solicitar autorização para as alterações planejadas. 2) Após a realização das modificações, o proprietário deve seguir com a moto para uma das oficinas credenciadas pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) para inspeção. A lista das oficinas está no site do instituto. 3) Se aprovado o veículo com a modificação, o prorietário deve voltar ao Detran do seu estado para a obtenção do número do Certificado de Segurança Veicular (CSV), que é registrado no campo das observações do Certificado de Registro de Veículo (CRV) e do Certificado de Registro de Licenciamento de Veículos (CRLV). Fonte: Resoluções nº 292, nº 319 e nº 382; Deliberação nº 75; e Portaria nº 25 Por: ALESSANDRO TEMPERINI para http://duasrodas.blog.br/2011/11/18/modificacoes-proibidas-pelo-contran-em-motos/

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O perigo das Linhas de Pipa (E eu quase empacotei!)

Neste último sábado eu passei um grande susto, arriscando meu pescoço (literalmente) na Rodovia dos Bandeirantes, em Campinas/SP. O legal é que registrei tudo. Fui levar meu cunhado ao aeroporto de Viracopos, em Campinas, a apenas 90 km de São Paulo (80 km de Osasco). Na volta, logo no início da viagem, fui surpreendido por uma pipa caindo no meio da rodovia, sem me dar tempo para absolutamente nada. Veja o vídeo e vai entender. O carro prateado atropelou a pipa, e ela acabou “sobrando” para mim. Sei que quando vi já comecei a frear na hora, mas a linha inevitavelmente se enroscou em mim. O susto foi enorme, pois eu sentia a linha correndo pelo meu corpo e achei que já seria tarde demais. Quando parei, minha preocupação era saber se estava inteiro, se havia algum corte ou qualquer coisa do tipo. Foi quando vi que a linha fez um corte no meu Capacete, e por ele ficou correndo. A linha não quebrou apesar da velocidade. Me desenrosquei e tirei a linha que também estava enroscada por toda a Moto, e então segui viagem. No fim das contas, foi só um susto mesmo. Não me machuquei, e os únicos danos foram um pequeno corte no queixo do capacete e um pedaço da minha luva, que saiu provavelmente quando eu tentei quebrar a linha que estava no capacete. E é claro que vou colocar a anteninha. Sempre tive antena nas minhas Motos, mas estranhamente, em nenhuma das que temos hoje tem. Esse susto já tinha passado antes, mas de Twister e tinha antena, então a situação se resolveu bem mais facilmente. Escrito por: Daniel Ribeiro Fonte: http://www.motosblog.com.br/6817/o-perigo-das-linhas-de-pipa-e-eu-quase-empacotei/

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Mapa

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Sobre a noite, as mudanças e a reunião na Facção Recife – 08/09/2011

Caros amigos, companheiros de jornada, usuários de veículos de duas rodas, blogueiros, gente diversa e versada em discutir sobre desfrutar de motocicleta e de relacionamento em grupo: A vida é feita de momentos e a nossa existência, de ciclos... O dia ao qual me refiro foi um dia muito importante para a facção: os fatos que aconteceram são a demonstração de amadurecimento de uma instituição criada para fortalecer e proteger os seus membros. Para um clube relativamente novo, uma mudança na presidência e no corpo de diretores representa um grande avanço. Representa, inclusive, que seus membros entenderam o significado da bandeira que defendem, e entre eles há os mais destacados, e entre estes, alguém pronto a dar continuidade ao trabalho. Como ser humano considero mudança um ato de renovação, de crescimento, de afirmação de que o caminho trilhado até agora está próximo de ser o mais correto. Como pesquisador entendo que modificações requerem um certo preparo e, se uma instituição fundada sobre regras discutidas ao longo de experiências práticas e convivência em grupo decide renovar o comando, é sinal claro de que há possibilidade e o desejo de continuar crescendo. E como pretenso membro, posso dizer que o clima de tensão da reunião chega a ser contagioso... Um grande passo pelo tamanho da responsabilidade transferida. São muitos quilômetros rodados sem acidentes graves, o respeito adquirido perante os diversos moto clubes amigos, viagens, troféus que incluem um de destaque entre os dez melhores do Nordeste, eventos motociclísticos e beneficentes, a conquista da sede própria, raro entre os moto clubes mais recentes, inserção de novos membros e prósperos, uma agenda organizada de eventos quase que obrigatórios, combinados ao longo do ano. Isso tudo marca a noite do dia oito como um momento único e especial: há que preservar as conquistas e se observar e resolver as falhas, há que se manter o respeito alheio conquistado, há que valorizar os momentos vividos, há que se permanecer a história de sucesso de um clube com muito mais a oferecer, e muito ainda a conquistar Sobre mim? Eu pretendo continuar andando em bando, amigos, enquanto puder andar... Joel Gomes – jotagomes@gmail.com – Acadêmico das Ciências Sociais.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Sobre testes comparativos de motos e outras observações

Caros companheiros de jornada, usuários de veículos de duas rodas, blogueiros, amigos, gente diversa e versada em discutir sobre usar e comprar motocicletas, e sobre relacionamento em grupo.

Sempre que vejo esses testes comparativos entre motocicletas de mesma categoria, um detalhe sempre me intriga: Já que cada fabricante tem sempre um truque na produção do seu modelo, a fim de diferenciá-lo dos demais modelos de mesma categoria, então, como seria possível uma comparação direta?

Explico: para fraseando um determinado site que trata do assunto, encontrei a seguinte comparação: “a moto [A], 400 cilindradas numa velocidade média de 100 km/h, fez 20 km a cada litro de gasolina, já a moto [B], 500 cilindradras no mesmo percurso, a mesma velocidade média, utilizou a cada 15 km, um litro de gasolina.

O que está errado neste comparativo? Simples. Eu não sou especialista em motores, em torque ou consumo de motores a combustão, mas não é preciso ser especialista. É preciso apenas não ser ingênuo.

Uma moto com uma cilindrada maior, em meu entendimento, não tem só um pistão a mais, ou talvez um sistema mais eficiente com a mesma quantidade de pistões. Tem também um motor mais robusto para aguentar a pressão exercida por esse motor, consequentemente vai precisar de freios mais eficientes e, em tese mais pesados, o que vai resultar em uma suspensão mais sofisticada, mais peso, e pneus mais largos para sustentar uma estrutura maior...

Enfim, o que eu queria que fosse observado nesse exemplo, alterado de um comparativo real é: nós consumidores, em sua maioria, não somos especialistas em eficiência mecânica, mas certas coisas são óbvias e certas comparações são no mínimo inexatas.

Num raciocínio simples, a relação cilindrada X consumo não pode ser observada de uma maneira direta: quando um aumenta o outro diminui, ou quando um aumenta o outro também aumenta. Isso é, no mínimo, subestimar o consumidor! Deve-se levar em consideração as inovações tecnológicas de cada modelo.

Outras coisas são menos óbvias, mas esse aspecto realmente saltou aos meus olhos devido a tamanha imperfeição comparativa. Tendo uma terceira opção de modelo, eu faria ao menos um test-drive...

Como sempre digo, eu ando em bando enquanto puder andar.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Narração dos fatos do deslocamento: Santa Cruz Motofest 2011 e outros detalhes

Para todos os interessados e para os que extranharam o tituo desse texto, motociclistas e amantes de veículos de duas rodas, meus amigos;

A explicação é simples. Como colaborador de um blog pertencente a um motoclube, eu me atrevo a mandar textos para eles publicarem, pela facilidade que tenho para escrever. Mas também faço pesquisas em outros sites dos quais republico as materias que achar interessantes e pertinentes ao assunto do blog.

Acontece que, outro dia fazendo minhas pesquisas encontrei a seguinte declaração: “...não queremos saber se sua moto quebrou, (...) estamos cançados de relatórios de viajem...”. Fico pensando: então, sua moto não quebra? Certo, você é um heroi. Mas por que as pessoas que passaram por uma experiência de ter a moto rebocada não deveriam contar?

Que fique bem claro que eu não o estou criticando, apenas, e para parafrasear Voltaire grande pensador iluminista, “Não concordo com nada do que você me disse, mas defendo até a morte o direito de você dizê-lo”.

Só para não deixar de fazer o que realmente me propus, um relatorio de viagem do evento considerado o melhor de 2010, então, vamos por partes:

1- A cidade é linda, e as pessoas são cordiais, ao menos as pessoas que eu encontrei e as quais me dirigi. Sou pernambucano e acho-nos pouco cordiais. Os potiguares, ao menos nos dois dias em que estive lá, demonstraram ser pessoas mais amáveis, ofereceram-se para me ajudar, me mostraram o caminho, puxaram conversa, ofereceram a cadeira... A cadeira foi um momento especial que eu deveria relatar: imaginem vocês que o mercadinho em frente ao estadio de futebol Iberezão, onde ficou um dos camping, tinha duas cadeiras de balanço, dessas comuns, e que eu fiquei uns minutos esperando os meus amigos virem me buscar para almoçarmos, e ai o dono do mercadinho me oferece “sente-se em porcina” trazendo uma cadeira de balanço para que eu sentasse. Passei meia hora sorrindo...

2- Para visitarmos a Santa Rita de Cassia, peguei um moto taxista, minha moto estava quebrada e os outros haviam trazido as esposas e não poderiam me levar. Contratei um rapaz, contei para ele onde queria ir e que ia uma turma atraz o seguindo. No começo ele perguntou se eu queria ir pilotando porque eu falei para ele que estava com a moto parada. E quando chegamos lá ele disse “podem deixar os capacetes ai sobre as motos, aqui ninguém leva, não temos ladrões...”. Perguntado o porquê dessa afirmação ele me disse “eles (os ladrões) aqui não duram muito...”. Seria cômico se não fosse trágico, e eu tive que conter a risada.

3- Na hora do almoço o restaurante já estava fechando e recolhendo a comida, pois já passava das quatorze horas. Mas os funcionarios abriram para nos atender e trouxeram a comida de volta. Deliciosa...

4- O show programado pelo evento é uma observação que não devo deixar de fazer por ser para mim a mais importante. A primeira banda, On The Rocks, pega um a um os adesivos de motoclubes e lêm: “moto clube (...), sejam bem vindos e tal”. Na hora que pega um dado pelo meu amigo, ele solta: “KCLA – esses caras andam pra caralho!”, gritamos durante uns cinco minutos. Na manhã seguinte quase não consigo falar...

5- No outro dia, o domingo, o tradicional café da manhã conta com um caldo de carne, desses que a mãe da gente faz quando estamos doentes. Ainda não tinha visto esse tipo de comida ser servido no café da manhã, mas provei e estava delicioso.

6- Passadas as primeiras horas da manhã, estou a procura de uma sombra para aguardar o meu “reboque”, um amigo que perdeu o domingo para vir me buscar. Taxistas identificam que não sou de lá, capacete na mão, sacola, bolsa, colete. Começam a me oferecer carona. Um deles, mais divertido puxa assunto e eu conto que sou de Olinda, e estou esperando um reboque, ai ele sai com essa: “vamos eu te levo até lá, e só eu botar uma carrocinha no meu carro...”. Tive que sorrir. Agradeci mas disse que meu socorro já estava chegando. Ele entendeu e foi embora, depois de fazer um monte de piadas sobre o bar em que estavamos.

Então eu, sem a menor pretensão de contradizer quem quer que seja, acho que os relatórios de viagem são bem vindos sim, pois cada um observa por si, e só você pode dizer o que você viu ao frequentar o nosso meio.

Feito para contar uma história em prosa e colaborar com o Kansas Clube Leões do Asfalto – Facção Recife.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Do Meu Padrinho...

Querido Afilhado, Joel Leão,

Essa moça é mesmo o que se pode chamar de Máquina de fazer Defunto.
Quem não sonha com a caveira de Carbono?

Nós velhos leões mas, ainda na ativa, especialistas em curvas, bem que gostaria-mos de dar uma voltinha
Nesse paraíso, e quem sabe até ficar por lá.
Colocar o descanso de lado cair nos macios braços do perigo, sentir as carícias doces da morte e até arriscar um envolvimento mais sério?

É por isso que usamos a caveira.
Porque para nós, o buraco é sempre mais em baixo!
Em baixo mesmo.

Gostei especialmente dos sapatos dela, os biquines de muito bom gosto.
E as sardas: Essas são divinamente lindas

Aí, você me pergunta; Você viu mesmo a moça?

E eu lhe respondo; Hoje mesmo sonharei com ela!

Porque os leões estão a solta; e no asfalto!...

Um forte abraço felino, seu padrinho,

Vasconcelos " André Leão "

Miau.....

sexta-feira, 29 de julho de 2011

DIA DO MOTOCICLISTA

ATOS DO PODER LEGISLATIVO


LEI N.3.549 de 19 DE ABRIL DE 2001.



O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO



Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decretra e eu sanciono a seguinte Lei:
-ART.1 - Fica instituído, no Calendário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, o dia 27 de Julho como o DIA DO MOTOCICLISTA
-ART.2 - Esta Lei entrará em vigor na data sua publicação. Revogadas as disposições em contrário.



Rio de Janeiro 19 de Abril de 2001

ANTONY GAROTINHO



Projeto de Lei n. 1770/2001
Autoria: Deputada Solange Amaral
DIÁRIO OFICIAL -Publicação
N.75 / sexta feira 20 de abril de 2001

sábado, 7 de maio de 2011

DEPOIMENTO 2




É que depor é uma palavra forte, e que significa, dentre outras coisas, declaração pública.
E também é certo que para falar de outros tenho que falar de mim.
Porque acho que conheço um grande homem, e esse grande homem hoje faz parte da minha familia construída um pouco tardiamente.
Os amigos, temos a oportunidade de escolher e aos meus dei-lhes um título: formam a minha noa família, como se dessa forma eu os protegesse, como se assim pudesse ser protegido.
É tio, ao seu lado me sinto protegido. Grande abraço.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

O homem em grupo


Caros companheiros de jornada, usuários de veículos de duas rodas, blogueiros, amigos, gente diversa e versada em discutir sobre motocicletas e sobre relacionamento em grupo.

Uma parte dos estudiosos das sociedades e suas culturas afirma que, onde quer que o homem seja encontrado, em qualquer época ou fase de desenvolvimento, ele estará em grupo.

Dito isto e supodo que vocês já devam ter ouvido a frase “o homem é um ser social”, criada pelo filósofo grego Aristóteles (séc. III a.C) e repetida como um eco eterno através dos mais diversos veículos de comunicação, nem sempre entendemos a profundidade da sua afirmação.

Quero deixar claro que não sou filósofo e não vim aqui dissertar sobre filosofia. Não no sentido acadêmico da coisa. O que na verdade eu vim fazer foi conversar sem convencer sobre relacionamento em grupo.

É um fato que poucos são os seres humanos que se isolam de amigos e conseguem atravessar a jornada sem enlouquecer. Eu afirmo existirem pessoas em minha vida que se não as encontrasse, talvez nem valesse a pena ter vivido.

A vida me empurrou para a convivência em grupo sem eu nem mesmo perceber, e quando entendi que essa era a melhor forma de viver, aceitei o inevitável: criei uma rede de amigos que cresce e me faz crescer com eles.

Essa sim era a tônica da conversa: rede de amigos. A necessidade de econimizar tempo e dinheiro garantindo a diversão me levou a comprar uma motocicleta, os sonhos de menino e de cinéfilo forçaram a escolher uma custom, a academia me incentivou a pesquisar sobre tribos urbanas, e bem ai eu conheci os Leões do Asfalto.

Cada “passo” que dou ao lado deles fico menos pesquisador e mais “felino”. Cada encontro, cada viajem e eu dependo mais do Bando. Sob a liderança e proteção deles me sinto seguro. Penso que descobri como quero terminar os meus dias.

É, eu ando em bando enquando puder andar.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Sinal

Eu me sinto filho, e eu me sinto amado.
Se não o for, paciência.
Não há muito o que esperar das pessoas,
Não crio expectativas.
Vivo o momento e o que sinto.
Pronto.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Depoimento

Fico um pouco acanhado de escrever um depoimento.
Mas acho que devemos dizer as coisas em vida, não esperem uma carta minha do além...
Então:
Eu encontro, quase sempre, em minha vida pessoas que vêm acrescentar algo de bom aos meus dias.
Alguns são um pouco arredios, preferem não falar, apenas agir.
Mas todos, mesmo os que não se importam, vão implicar em mim alguma mudança.
E eu confesso, é um prazer particular cada amizade que construo, pois as vezes encontro gente íntegra, ímpar.
Assim é Marcos, diminutivo para mim, grande para a vida e para as amizades.
Nem sei se ele sabe disso, mas se não sabe, descobriu que ser ele mesmo faz todo o sentido.
Escrevo agora para marcar sua passagem pelo meu dia-a-dia, que se deixar de acontecer, ao menos a amizade ficará.
Enquanto eu respirar.
Grande abraço, amigo. Seja muito feliz consigo mesmo e com suas escolhas.
A Marcos Roberto, nesta.
06-4-2011 13h20.

sábado, 12 de março de 2011

Sobre acidentes e outros prêmios afins.

Caros companheiros de jornada, usuários de veículos de duas rodas, amigos, gente diversa e versada em discutir sobre motocicletas.

1. Acidentes:
Para início de conversa, um Amigo foi sumariamente derrubado (e o quase-assassino nem parou para socorrê-lo) essa semana, mas para nossa imensa alegria teve ferimentos leves, está a salvo agora.
Essa é a notícia que me motiva a escrever este texto, posto que independentemente da seriedade com a qual se conduz uma motocicleta, sempre haverá alguém que não se importa com você. Digo isso sem amargura alguma, pois entendo que cada ser humano deve viver da maneira com acha melhor e, parafraseando Caetano Veloso: “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”.

2. Temas difíceis:
Porém, como pertencente a uma nação com educação não voltada a discussões sérias como a morte, coisa ainda um tabu na família brasileira, não consigo compreender as atitudes de alguns motoristas.
E me pergunto: Qual o intuito, a função, a justificativa para se fazer uma manobra de ultrapassagem antes de uma lombada sem levar em consideração que todos a volta estão reduzindo?
Sempre aparece uma multidão de populares, mesmo que o socorro já tenha chegado ou mesmo que o acidentado venha a falecer. Sinto como se alguém morto exercesse algum fascínio sobre algumas pessoas, pois até outros motoristas param para ver a cena mesmo não podendo acrescentar mais nada a situação, contribuindo conscientemente para um engarrafamento sem propósito.

3. Discussões paradoxais:
Cada acidente de trânsito que presencio faz minha mente viajar a muitos lugares, e discuto a morte comigo mesmo. E sonho o dia em que os impostos que pagamos não sejam utilizados para pagar funcionários incompetentes pondo em prática uma lei de trânsito no mínimo inusitada, onde o cidadão que não comete crime algum mas tem o potencial porque ingeriu alcool é punido com severidade, mas o cidadão (?) que comete crime de trânsito sequer é localizado, que dirá punido...
Minha revolta entra em conflito com minha aflição de ser motociclista. Sou viciado em motocicleta, em viajar, em descobrir novas paisagens. Mas quando penso que um imperito qualquer pode me derrubar, me mandar para um hospital na melhor das hipóteses, interrompendo minha vida produtiva, nem consigo definir o sentimento que manifesta mais forte: a raiva da possibilidade do acidente ou o prazer de desfilar com minha Custon de baixa cilindrada.

4. Viva o nosso povo:
Não entro nessa das propagandas do governo federal onde “o brasileiro é o povo mais inventivo do mundo, transforma dor em alegria com um jeitinho todo especial e blá blá blá. Isso é falácia...
Mas entendo que temos que fazer boas escolhas e obter o melhor do que se tem dsponível. Nesse ponto, alguns se saem melhor que outros e as vezes uma idéia simples se mostra bastante útil.

5. Um prêmio inusitado:
Como colaborador do Kansas Clube Leões do Asfalto – Facção Recife, estou sempre em contato com eles, frequentando as reuniões e acompanhando-os em algumas viajens, posso falar-lhes aqui de uma dessas sacadas que fazem o viver mais interessante.
Indo na contramão das homenagens comuns, que normalmente são feitas a pessoas já falecidas (Cidades, Avenidas, Praças, Hospitais, Escolas e outros prédios públicos), os Leões mostraram a que vieram: quando um motociclista membro do Clube sofre um acidente, recebe em homenagem uma caveira negra em forma de bordado.
O objetivo disso é simples: cada vez que você olhar para o seu colete vai lembrar daquele dia, os outros membros também vão, outras pessoas que não sabem sobre o bordado vão perguntar, e você nunca vai esquecer. Se você cometeu algum erro, imprudência, ou mesmo não estava em condições de dirigir aquele dia ou não foi capaz de observar os imperitos a sua volta, também não irá esquecer.
E a melhor parte disso tudo é que a caveira negra é uma homenagem a alguém que caiu, machucou-se ou não, mas acima de tudo está vivo. Porque os que fazem parte do Leões, não precisam estar mortos para serem homenagiados.

6. Conclusões:
Dessas observações que fiz e espero ter me feito entender, pode se entender que não é facil conduzir uma motocicleta mesmo que você tenha talento natural, as Leis de trânsito não são feitas para proteger o cidadão e sim para puní-lo, e vai fazê-lo não importa o tamanho de sua tristeza, não somos educados para compreender e discutir a morte e por fim, se você anda em Bando, nem quando você cair vai ser esquecido. Literalmente.

Eu ando em Bando.

Joel Gomes (jotagomes@gmail.com)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

As boas vindas aos novos Leões

Quando alguém de nossa família nos deixa, a dor, a saudade e a incapacidade de lidar com as perdas e a morte nos deixa sem palarevras. Plagiando desautorizadamente Augusto dos Anjos: a palavra “esbarra no molambo da língüa paralítica...”
Entretanto, quando visitamos um amigo que acaba de ser pai, as palavras de felicitações não encontram barreiras para se colocarem. Costumo dizer que me deixa muito feliz ouvir certas palavras como: prosperidade, ascenção, qualidade, ganho, mudança e nascimento.
Por isso, esse texto é dedicado a palavra Nascimento, e foi pensado para ser dito aos membros da nova facção do Kansas Clube Leões do Asfalto – Aracajú –SE.
E para dar as boas vindas a nossos novos irmãos, imaginei algo além do trdicional “sejam bem vindos”. Somos uma familia que aumenta a cada dia, somos um grupo que se fortalece a cada membro que é aceito, somos entidade administrativa com braços fortes em três estados do Nordeste, um Clube que reune pessoas com o mesmo ideal a cada nova facção.
Por tudo isso é que bem-vindos só, não basta. É como se o clube, como entidade, copiasse a si próprio e triplicasse, somos e três e somos um: Kansas Clube Leões do Asfalto – PB, PE e SE.
Para finalizar, deixo a vocês as palavras do nosso irmão-visitante Wagner (Carametade) sobre a emoção de viajar com os Leões de Recife a Taquaritinga do Norte:
...a chuva e os buracos foram apenas coadjuvantes em nosso caminho, viajamos com muita atenção e muito cuidado mas não deixamos de aproveitar um só minuto da viagem e curtimos cara, curtimos muito. A nossa frente o horizonte escondia o nosso destino, debaixo de nossos pneus a estrada conduzia a realização dos nossos planos, acima de nossas cabeças a chuva nos envolvia como uma abraço fraterno e dava emoção a nossa jornada, a felicidade pairava nos rostos do nosso pelotão e nas nossas garupas as pessoas que amamos, apaixonadas por aventura assim como nós. Porque somos Kansas Clube desbravadores e corajosos como um Leão.

Agora sim, me atrevo a dizer: Sejam bem-vindos, novos irmãos!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A paixão na corda bamba

A ciência tenta, ao longo dos séculos, explicar os mistérios da vida. Questiona-se porque estamos aqui, de onde viemos, se viemos, para onde vamos. A verdade é que tambem nos perguntamos essas coisas as vezes. E essas perguntas podem não ter respostas simples ou que caibam no nosso entendimento.
As livrarias estao cheias de Best-Sellers com fórmulas mágicas para se viver melhor, mas de repente, a vida pode mesmo ser uma coincidência biológica e estejamos criando sofrimentos adicionais em busca de sua explicação. Ou pode mesmo ter um Divino, uma Força Criadora e maior que tudo o que se pode pensar, que controla tudo e que rege o universo com impressionante maestria.
Mas, nós cidadãos comuns, trabalhadores, estudantes, pessoas normais, o brasileiro médio, sem teorias e sem pretensões de explicar nenhum fenômeno de alcance universal, como podemos fazer para nos encaixar nesse mundo vasto e complexo, nessa vida cada dia mais automática, de uma violência cada vez mais presente? De que forma um dos seres viventes, inseridos nessa complexa rede que envolve cadeias alimentares, raciocínio, construções e destruições de grande porte, pode organizar sua estadia consciente (se poderemos assim nos referir a vida e a auto percepção do contexto em volta)?
O fato é que talvez essa resposta seja mais ligada a cultura e a forma de pensar de cada povo, cada costume e sua influência nas decisões pessoais, muito embora o vazio habite em cada um de nós, na mesma medida.
Onde quero chegar depois de tantas voltas? Pretendo ilustrar o fato de que não importa onde se encontre o ser humano ele sempre será carente de emoções, e sua incompletude só será um pouco reduzida se, e somente se estiver em grupo. Sozinho o vazio aumenta e se a mente não estiver preparada pode sofrer serios danos.
Então, deixando de lado as teorias, podemos dizer que tudo o que nos conforta deve realmente ser levando em consideração. Devemos buscar em nós mesmos, ações que causem alívio as nossas dores, transformando a aproveitando todo o tempo que nos é cedido nessa breve passagem pelo planeta.
E o que isso tem a ver com Motocicleta e Motociclismo? Tudo. Motociclistas não são simples caçadores de emoções, mas usam a motocicleta como um instrumento proporcionador de grandes emoções. Tudo na Motocicleta é umdesafio: o andar sobre apenas duas rodas, movimentar-se contra o vento, usar o próprio peso para manter-se rente ao solo durante uma curva...
Não desafiamos a morte como se pensa, muito embora ela pareça querer nos encontrar devido a facilidade com que os acidentes fatais acontecem. Buscamos a descarga de adrenalina que o pilotar por se só oferece...
Conduzir bem uma Motocicleta é uma arte. Arte esta que não perdoa os imprudentes e desqualifcados. Também não perdoa aos que não monitoram o seu veículo com a mesma dedicação do jóquei pelo seu cavalo. É impiedosa com os utilizam substâncias redutoras do reflexo.
Para sentir prazer em sua máquina, são necessários muitos pormenores. E quem sente prazer ao pilotar, quem pilota não por necessidade mas porque ao fazê-lo essa emoção o preenche, entende suas metacompetências.
Para quem tem aptidão, conduzir uma Motocicleta traz conforto e mostra que o viver existe para ser aproveitado. Essas pessoas dão mais valor a vida. E digo com toda a certeza: Quem vive e não encontra uma paixão, nunca vai entender realmente o que é viver. Vai passar pelo tempo-espaço apenas.
“Eu ando em Bando”

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Recife, janeiro de 2011.

Caros amigos, usuários de tranporte de duas rodas, amigos de Bando e todos os que se interessam por motocicletas e moto clubes.

O relato de hoje é sobre a noite de 27 de janeiro do corrente ano, e é estimulado pela quantidade de acontecimentos que fizeram dela um momento de muita alegria, de grande demonstração do espírito aventureiro do companheirismo existente entre os membros de moto clubes, de uma maneira geral.
Primeiramente, há de se salientar que em todas as reuniões do KCLA ocorridas neste ano, houve novas implementações.
Isso é fruto do esforço comum do Clube, escolhido como um dos dez melhores do Nordeste em 2010, de estar sempre trabalhando em favor dos seus membros.
Extraoficialmente, em uma conversa informal com um dos membros, fui lembrado que “um Clube não é uma reunião de pessoas apenas, mas uma entidade formada pelos seus membros, uma força maior que transforma aqueles que participam em uma grande familia”.
E nessa reunião não foi diferente.
Só mesmo a fotografia pode revelar a alegria que sentiram os membros, tanto os que foram homenagiados com o novo símbolo, a Pegada do Leão, Red, Taborda, Natanael, Cavalcante e Fernando, o novo próspero, Fábio César, e nós da platéia, felizes porque o Clube pelo qual lutamos, nos homenageia em retribuição.
Nessas horas o coração bate forte, por saber que meus iguais, aqueles que juntos formam o Bando de Leões, e separados ficam a espera de nos juntarmos, os melhores dentre estes, começaram o ano descobrindo que sua participação dentro do grupo se destacou e mereceu reconhecimento.
Todos nós nos esforçamos. Ao menos dentro de nossas possibilidades. Acontece que há aqueles que se destacam, e são estes os que, a partir de agora serão homenagiados com os novos símbolos.
E essa euforia foi regada a um outro acontecimento não tão paralelo: a inauguração da sede do Mágicos do Asfalto Moto Clube, que a partir de agora oficialmente, nos fará compania nas noites de quinta-feira.
Para finalizar, eu diria que mesmo sendo as noites de reunião um momento usado para as resoluções administrativas e que a diversão mesmo acontece quando o Bando viaja, estas noites tem sido a prova de que, com a família reunida, sempre há lugar para o companheirismo, a união, a harmonia e principalmente a alegria.
Pois é, amigos, o ano mal começou e já temos um conjunto de medidas que vai fortalecer ainda mais o nosso grupo, a adesão de novos prósperos, a criação de novos bordados e a nossa participação na maioria dos eventos.
Aqui vos fala um amigo e colaborador do Kansas Clube Leões do Asfalto – Joel Gomes.

 Eu ainda me lembro...   Não sou escritor e acho que isso não se diz. Não que alguém não possa estudar para ser escritor, porém se você ...