segunda-feira, 17 de novembro de 2014

DEZ EQUIPAMENTOS ESSENCIAIS PARA ANDAR DE MOTO COM SEGURANÇA

Motocicleta é igual bike: mais cedo ou mais tarde o condutor vai ter a triste experiência de cair. Para evitar danos maiores, listamos itens importantes que podem ser comprados sem gastar muito dinheiro

por GUILHERME SILVEIRA

Diariamente é comum cruzar com motociclistas que pilotam sem o mínimo de equipamento de proteção. O que poucos sabem é que não é preciso gastar muito para se equipar da maneira correta.
Segundo Maurício Salomão, do setor de marketing e vendas da loja Casa do Capacete, “para rodar com segurança, a conta ideal fica em torno de 10% do valor gasto na moto. Porém, em média esse porcentual não costuma passar de 5%. No caso de motos esportivas, é pouco para rodar bem protegido”, constata. Confira dez dicas para ficar bem na foto. Ou melhor, na moto!   
1) O item fundamental
Capacete aberto é legal para mostrar o rosto, dar piscadinhas e se refrescar. Mas, esqueça esse tipo de casco para qualquer volta maior do que ir até a esquina, bem devagar. Em uma queda mais séria, modelos com a frente aberta protegem a nuca, mas não evitam de prensar o rosto contra o asfalto – ou guia – algo que pode deixar marcas permanentes, além de possível deslocamento da mandíbula, ou nariz e queixo “bipartidos”. No mínimo, invista em um modelo fechado que abre a dianteira – bem conhecido como Robocop – para uso urbano. Aí dá para erguer a frente e ventilar as ideias. Pelo menos enquanto estiver parado, esperando o sinal abrir. Valores: entre R$ 220 e R$ 3.000.
2) Capacete confortável e resistente 
Ao escolher um capacete, o mais importante é vesti-lo e se certificar de que está justo na cachola: cascos folgados podem sair voando em uma colisão. O ideal é escolher modelos mais claros – esquentam menos e são mais visíveis – com viseira ampla, que proporcione boa área de visão lateral. A maioria traz ventilação frontal e traseira. Normalmente os capacetes são feitos de plástico injetado. Os mais caros – leves e resistentes – utilizam multifibras, a exemplo de kevlar, carbono e zion em sua construção. Aqui não compensa economizar: preços começam entre R$ 400 para os de plástico” e R$ 1.600 para os multifibras.
3)Óculos escuros
Prefira usar óculos escuro de acetato (tipo de plástico) por dentro do capacete. Segundo o óptico Daniel Madio, “em caso de impacto de algum objeto contra o óculos, há casos das bases da armação de metal penetrarem no nariz. Modelos de plástico, anatômicos junto ao nariz, não oferecem esse risco”. Ainda de acordo com ele, lentes de policarbonato são as mais resistentes contra impacto de objetos “voadores” – alguns suportam até tiros de calibre .38! Atualmente há capacetes com práticas lentes escuras retráteis, que dispensam uso de óculos escuros.

4)Calçado adequado
Incrível, mas é possível ver motociclistas pilotando com sandálias e até chinelos. Visto que uma das partes mais vulneráveis – e atingidas em quedas – são os pés e calcanhares, não pilote desprotegido. Use no mínimo um tênis reforçado (existem modelos próprios para andar de moto, a partir de R$ 400) ou uma bota (cano curto ou longo, entre R$ 450 e R$ 1.200) com reforços superiores. Dê preferência aos modelos sem cadarço, com os quais não se corre o risco de enroscar na corrente. 
5) Jaquetas
Jaqueta apropriada já não é algo caro, e há diversas opções, indo da cordura ao couro – entre R$ 300 e R$ 2.400. Modelos de cordura (marca do tecido, como nylon) são resistentes; muitos trazem entradas de ventilação – além de suportarem chuvas medianas. Há também os modelos ventilados, para uso no verão, e os  impermeáveis. As proteções básicas costumam englobar reforços nos cotovelos, ombros e costas. Os níveis de proteção (e acabamento) aumentam de acordo com o preço.

6) Calças reforçadas
Jeans especiais para motociclismo são opções interessantes para usar no dia-a-dia. Muitos nem parecem ser especiais, mas têm tecido e costuras reforçadas, além de incorporar proteções (destacáveis) para os quadris e joelhos. Valores médios vão de R$ 200 a R$ 300.
7) Roupa impermeável
Invista em um conjunto de roupa para chuva. Se já tiver uma jaqueta impermeável, ideal é adquirir ao menos uma calça. Normalmente de vinil, deve ser pouco maior que o comprimento das pernas, pela falta de flexibilidade do material na hora de se acomodar na moto. Valores: de R$ 50 a R$ 300.
8) Mãos também protegidas
Luvas são de suma importância, mesmo em passeios curtos. Modelos de couro oferecem maior proteção e seguram bem a chuva, portanto vale gastar um pouco mais neste tipo clássico – há também modelos de nylon, cordura impermeáveis. Se não aprovar o calor que elas geram, opte por um modelo de tecido com reforços para as palmas e parte superior dos ossos das mãos (as cabeças dos metacarpos). Valores: comum de R$ 90 a R$ 400; couro de R$ 120 a R$ 600.
9) Contra pés molhados
Polainas para os pés não encharcarem com a chuva devem ser eficientes – e não necessariamente bonitas. O ideal é terem abertura na parte traseira dos pés, de maneira a não escorregar ao apoiar a planta do pé no chão. Há também capas para botas, feitas de tecido sintético. As botas de couro têm como vantagem a resistência do material, além de suportarem boa dose de água e dispensarem as feias polainas. Valores das polainas vão de R$ 30 a R$ 120, capas em torno de R$ 70.
10) Bagagem
Se você não gosta de baús balançantes e prefere a versatilidade de uma mochila, há modelos especiais para andar de moto. Eles trazem engates frontais para travar a bolsa contra o peito – evita da mochila querer voar – e até cobertura traseira impermeável. Custam entre R$ 320 e R$ 850, caso da mochila Oggio, projetada para oferecer mínima resistência em altas velocidades.

Fonte;http://revistaautoesporte.globo.com/Noticias/noticia/2014/11/dez-equipamentos-essenciais-para-andar-de-moto-com-seguranca.html

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Humildade e generosidade por Reinaldo Brosler | 09.02.2014

Certamente são duas das nossas mais simples virtudes e das mais ricas e escassas. Principalmente neste novo tempo, do eu tenho, do eu sou, do eu posso, do pode quem tem, do tem quem pode mais e do você sabe com quem está falando? Daí pra fora.

Esta escassez de humildade e generosidade é quase inaceitável, se compreendermos que mesmo os nossos sucessos são obras do acaso. E não estamos nos referindo apenas àqueles que tivemos em decorrência de uma grande sacada ou por estar no lugar certo na hora certa, num quase acidente de percurso.
Mesmo pra aqueles que seus sucessos foram fruto de uma supra inteligência, eles definitivamente são obra do acaso, pois este diferencial de inteligência foi fruto de um acaso genético das interpolações do DNA dos seus progenitores, criando genes que permitiram esta condição, pelo mero acaso da variação genética. Se considerar merecedor de 100% dos benefícios que esses atributos proporcionaram, realmente não faz muito sentido. Que meritocracia é esta em ter os genes certos “na hora certa”?
Pois, como bem disse outro beneficiado geneticamente, o brasileiro Stephen Kanitz, premiado escritor, administrador, consultor e conferencista formado em Harward, se ele e os empresários de sucessos e milionários, como Bill Gates, Steve Jobs, Mark Zuckerberg, Jesse Eisenberg e Eike Batista, tivessem nascidos há 2.000 anos atrás, seriam trucidados se tentassem alcançar uma posição de destaque equivalente à época, pelo simples motivo de não terem o porte físico necessário para se tornar um grande comandante e guerreiro, por não terem os genes certos “na hora certa”.
E esta humildade e generosidade, independente do acaso genético, deve ter lugar também nos grandes inventores, já que o cerne das suas importantes invenções, com raras exceções, são traduções exatas de expressões da própria natureza. Podemos encontrar estes “natiplágios” de sucesso na fita velcro dos carrapichos nos campos e florestas, do perfil aerodinâmico e “estrutura leve” do avião nos pássaros, da orientação magnética em séculos de navegação, na polêmica fusão nuclear e em muitos e muitos inventos e descobertas com paralelos no universo. Não há sentido a falta de humildade e generosidade nos indivíduos que conquistaram tanta glória por estas ditas “invenções”.
Mesmo pelas grandes obras de escritores e pintores, quando eles expressam ao seu modo um tema, como uma linda flor ou paisagem. Pois, por mais que eles utilizem seus talentos, jamais poderão superar a real beleza e riqueza deste pequeno exemplo de natureza. E ainda terão que utilizar a sua humildade e generosidade da natureza para agradecer a ela, já que estarão de certo modo, se usurpando desta maravilha. Como um quase plágio.
É uma grande virtude sermos generosos com os nossos conviventes, em todas as nossas expressões, no motociclismo e fora dele, sem arrogância e altivez. No motociclismo das antigas, este sentimento de estar sobre duas rodas na estrada com irmãos de fé e destino, era mais desapegado ao ano, marca e cilindrada da motocicleta e em que classe da sociedade cada um pertencia ou qual era o valor da sua conta bancária. Isso não importava.
Todo este negócio de genes certo “na hora certa” nem passava pelas nossas cabeças. Não havia diferenças, vivíamos uma plenitude de cumplicidade e entrega ao verdadeiro “ser motociclista”. Nós éramos “os caras” certos, no momento certo, com “um certo” veículo de duas rodas e num certo lugar que poderia ser qualquer um. Tudo muito simples.
Não há como negar, nosso mundo mudou e não tem volta.
Os nossos respeito e congratulações aos beneficiados geneticamente com os genes certos neste momento, idem para os que tiveram uma grande sacada ou estavam “acidentalmente” no lugar certo na hora certa. Sejam bem vindos. Mas se quiserem andar com a gente, muita calma companheiros, terão que se despir desta carapaça de bem sucedidos anunciados e vestir nossa indumentária, com todo os seus valores, com humildade e generosidade, pra a partir daí poder colocar muita estrada na veia.

 Eu ainda me lembro...   Não sou escritor e acho que isso não se diz. Não que alguém não possa estudar para ser escritor, porém se você ...