terça-feira, 4 de agosto de 2009

Pensamento em construção.

Poema em construção

Tanto sentimento, tanto por fazer...
Tento transformar o que sinto em palvras,
e, ultimamente, nem quando doi algo em mim
consigo facilmente escrever.

Antes, quando não levava fé no escrever
quando tudo era momento e podia, sem querer,
acontecer ou não, a palavra estava solta
na garganta e na mão.

Penso se realmente posso provar o que eu digo.
No momento só sei sentir, e quero sentir
até porque, no momento em que me encontro
me sinto amado, muito amado.

Não desejado, querido, como se fosse o
único. E não sabia que podia sentir isso
nem o quando essa troca era boa.
Sinto meu coração em paz.

Caso pudesse ver a mim próprio
como os outros me veem,
veria meus olhos brilhando.
Ah se eu pudesse provar o que digo...

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Mea Máxima Culpa

Perdão. Devo pedir isso a quem não dei o meu depoimento. Não sei se é oportuno, porém, sinto que o termo “depor” sempre vai me soar como uma obrigação, algo forçado em meu texto. Não sou eu “falando”. Talvez isso se deva pelos anos ao lado dos advogados, que usam esse termo o tempo inteiro e eu acabei pasteurizando seu significado em meu inconsciente. Audiência: onde se premedita quem vai depor, o que falar e como dizer, o que pode ser dito e o que não pode...

Já com relação aos sites de relacionamento, é sobre se expor. Não que eu não me exponha, não possa me expor. Mas, o que dizer aos seus iguais, de modo a não gerar pseudopolêmicas acerca de tabus sexuais, ou mesmo sugestões comportamentais como “quem faz isso, e de que jeito”.

Enfim, tento evitar o discurso rico de pensamentos de massa, teorias improváveis que fariam hipócritas felizes, mas magoariam as pessoas que amo.

Quem tem a informação tem o poder, no jargão da ciência, então me recuso a disponibilizar esse poder por vontade própria.

Mas isso tudo acima não impede de alguém querer um depoimento. Sou adulto, me acho adulto, posso lidar com meras observações e com achismos derivados de meras observações. Acredito. 18 de maio de 2009, 22h28min.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Recife, 04 de março de 2009 23h16min.

Estimado Pai,


Sinto que se não me utilizar deste momento para expressar meus sentimentos, não irei muito longe nessa vida.
Não que eu não tenha sonhos, perspectivas, e não vislumbre meu futuro com interesse e ambição, longe disso, mas se não fosse seu filho, não poderia ser outra coisa.
Até pouco tempo, achei que nunca fosse me encontrar. Achei que seria para sempre alguém no qual há uma lacuna. E que essa lacuna jamais poderia ser preenchida.
Era insuportável. Como alguém que perde um membro e ainda pode senti-lo mas jamais o verá no lugar novamente. Como se uma pá cavasse e retirasse algo em mim, e eu ainda pudesse sentir o pedaço tirado mas jamais pudesse vê-lo ou colocá-lo no lugar novamente.
Agora, anos depois de te conhecer e de te reconhecer, tenho certeza de que o mundo que eu vejo agora é bem diferente do mundo que eu via. É estanho.
Jamais poderei ser criança novamente para dormir embalado por canções de ninar na freqüência de sua voz forte e doce.
Nem te dar a mão para atravessar a rua, a não ser que um de nós realmente não esteja mais em condições de fazer isso sozinho.
Contento-me em ficar ao seu lado a partir de agora, e que fazendo parte da sua vida, consiga melhorar a minha.
Estou honrado por ter te conhecido, por ser seu amigo, por fazer parte de seu mundo.
Agora não consigo mais imaginar a vida sem sua presença, além do mais que, com você perto de mim me sinto realmente vivo.
Perdôo todos aqueles que querem sentir o que eu sinto, todos os que não querem que eu sinta o que sinto, e todos os que sentem sem querer sentir o que eu sinto. São pobres, pai, apenas pobres.
E se de repente eu acordar e ver que seu carinho faz parte apenas de mais um sonho, desses que sonhamos descontroladamente e nem sequer conseguimos lembrá-lo ordenadamente, a fim de confidenciá-lo a alguém em quem confiamos, valeu a pena ter te amado em sonho.
Dedicado a Antonio Aquino.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

À Musa

22/01/2005.

Quem a vir passar não adoeça
Da dor que rasga o peito e move o mundo.
Não meça sua falta por segundo,
Nem tenha sua presença por promessa.

A pressa que retarda o acontecer
De vir a musa audaz encher os olhos,
Do cavalgar do tempo, a inimiga,
A ânsia prende a mágoa ao ilusório.

Mas persiste a espera, o desespero,
E a angústia de não ver a bela ausente
Como se sua presença, seu mistério,

Resolvesse todo o ocidente.
Mas só se resolve esse tumulto entre
As muralhas do meu peito e o universo.

Para Sheila Chaves.

 Eu ainda me lembro...   Não sou escritor e acho que isso não se diz. Não que alguém não possa estudar para ser escritor, porém se você ...