sexta-feira, 27 de abril de 2012

PARA ORTOPEDISTAS, 16 ANOS É IDADE MÍNIMA PARA CARONA EM MOTOCICLETA

O representante da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT na câmara temática sobre “Transporte de Crianças em Motocicleta” defendeu a proibição de carona para crianças com menos de 16 anos. A tese, que foi vencedora na reunião promovida pela Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo será encaminhada ao Congresso Nacional, onde está sendo discutido o projeto de lei 6.401/99, do ex-deputado professor Victorio Galli.


O então parlamentar quer mudar a legislação atual, que proíbe o transporte de menores de 7 anos de idade em motocicletas, motonetas e ciclomotores, elevando a idade para 11 anos, tese que não é aceita pelos ortopedistas.

Durante a reunião da ‘Câmara Temática de Saúde e Meio Ambiente no Trânsito’ o representante da SBOT, ortopedista pediátrico Miguel Akkari, justificou que não há argumentos técnicos para defender a liberação aos 11 anos, pois do ponto de vista médico “não há diferenças anatômicas importantes entre a criança de 7 e de 11 anos, ao contrário do que ocorre quando a idade é de 16 anos, na qual a estrutura esquelética já é bem próxima daquela do adulto”.
Para Akkari, não há sentido em liberar uma criança de 11 anos para ser carona no veículo que mais se envolve em acidentes no Brasil, no momento em que as autoridades de trânsito procuram, em trabalho conjunto com as sociedades médicas, encontrar formas de minorar o número de mortes em acidentes com motocicletas, aumentando o nível de segurança de veículos em duas rodas.
O aumento do número de acidentes envolvendo motocicletas é tão grande, no Brasil, que preocupa a Organização Mundial da Saúde, cuja representante, Mercedes Maldonado, recentemente lembrou que com uma frota mais reduzida que a de automóveis, as motos já representam 16% dos acidentes no País. Outro problema é a gravidade desses acidentes que, segundo depoimento de Mauro Ribeiro, da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, fez com que em algumas localidades o índice de mortes em acidentes com motos passe a representar mais de 50% dos óbitos.
Outro levantamento, feito entre 2004 e 2008, justamente quando a frota de motos passou a crescer em maior velocidade, indica 6.700 mortes anuais de motociclistas, ao passo que outra estatística mostra que o total de mortes de motoristas de motos cresceu 2.000% em 16 anos.


segunda-feira, 23 de abril de 2012

No comboio, motociclistas assumem funções especiais para garantir segurança da viagem

Quando um grande número de motociclistas se locomove junto, como numa viagem, a formação de um comboio é a melhor saída para manter a segurança do grupo. No entanto, para o conjunto seguir ordenado até o ponto de destino, é necessário que alguns pilotos assumam funções específicas, essenciais à segurança de todos. Para cada função, também existe um nome específico: Batedor, Âncora, Anjo, Metade do Grupo e Ferrolho. Saiba qual é o trabalho de cada um desses cargos.


É natural que cada moto clube tenha seu estilo de pilotagem. No entanto, em grandes viagens, é comum que vários grupos de motociclistas se unam. Aí, as formas de pilotar a máquina de duas rodas têm que se homogeneizar. 


A presidente do moto clube Mulheres na Estrada , Camilla Vazquez, está acostumada a organizar esse tipo de evento. Ela diz que distribuir funções dentro do comboio é uma maneira de manter a ordem e, consequentemente, a segurança. “Mas um empecilho é o fato de não termos um curso para formar as pessoas que terão funções especiais no comboio. Essa formação acontece no boca a boca, com os mais experientes ensinando aos mais novos”, destaca.

A presidente conta que a primeira moto da formação é a do Batedor. “É ele quem cumpre a rota planejada por quem coordena a viagem. Ele também define as ultrapassagens e as paradas que não foram previstas”, explica.
A segunda moto do comboio é a do Âncora. A publicitária Erika Rosa, 29, costuma exercer essa função. Conhecida como Viraguinho, por sua Yamaha Virago 250, ela fala que segura o comboio quando o Batedor precisa ir um pouco mais rápido. “Combinamos a velocidade em que o grupo deve seguir. Se o Batedor exceder esse limite, já sei que surgiu alguma necessidade e seguro o resto das motos naquela velocidade combinada. Dou liberdade ao Batedor”, afirma Erika.

A publicitária, que é vice presidente do Mulheres na Estrada e está no mundo do motociclismo há cerca de três anos, tinha outra função nos comboios antes de ser Âncora. “Há dois anos, eu era o Ferrolho, que geralmente precisa ter uma moto mais potente, pois pode haver a necessidade de alcançar o Batedor”, frisa Erika. Ela também conta que o Ferrolho evita a entrada de estranhos no comboio e mantém o grupo sempre unido, para não haver espaços vazios no meio da formação. Evitar “buracos” no comboio também é a designação no Metade do grupo.

Já quem tem uma função protetora na vida e no comboio é o vigilante Nadilson Walbert, 25, chamado de Leoroy. Envolvido com o motociclismo há três anos e integrante do Piratas Motoclube, ele é o Anjo, ou seja, aquele que servirá de apoio se a moto de algum integrante do comboio quebrar. “Se tivermos um problema desse tipo, sou responsável por avisar ao Batedor”, diz o dono de uma Honda Tornado 250.

Funções no comboio

Batedor - É a primeira moto da formação. Tem que cumprir a rota planejada pelos organizadores da viagem. Define as paradas que não foram previstas

Âncora - Fica logo atrás do Batedor. Segura o comboio numa velocidade predefinida quando o Batedor precisa ir um pouco mais rápido

Metade do Grupo - Mantém o grupo sempre unido, para não haver espaços vazios no meio da formação

Anjo - Se a moto de algum integrante do comboio quebrar, é o Anjo que deverá ficar como moto de apoio, esperando a manutenção

Ferrolho - Evita a entrada de estranhos no comboio e não deixa que “buracos” apareçam no meio do grupo


 Eu ainda me lembro...   Não sou escritor e acho que isso não se diz. Não que alguém não possa estudar para ser escritor, porém se você ...